Cardiologia do Hospital SMH realiza procedimento avançado e de alta complexidade

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Cardiologia do Hospital SMH realiza procedimento avançado e de alta complexidade

Doze anos após a inauguração e um investimento de cerca de R$ 5 milhões, o setor de hemodinâmica (que utiliza técnicas minimamente invasivas) do Hospital SMH – Beneficência Portuguesa de Petrópolis é hoje referência em procedimentos cardiológicos de alta complexidade. Com a expertise da equipe e um dos equipamentos mais modernos do Estado do Rio de Janeiro, o Instituto do Coração de Petrópolis (Incope), do Hospital SMH, já atua no tratamento de doenças estruturais por meio do Implante Percutâneo de Válvula Aórtica (TAVI).

Do inglês “transcatheter aortic valve implantion”, a TAVI é uma espécie de prótese que permite o retorno do funcionamento normal das válvulas do coração, cuja finalidade é garantir que o sangue flua apenas em uma direção. O procedimento é indicado, por exemplo, em casos de estenose (dificuldades de abertura da válvula) e insuficiências valvares (dificuldade de fechamento).

Os cardiologistas intervencionistas Luiz Kohn e Edgard Quintella, responsáveis pela parte cardiológica do setor de hemodinâmica do Hospital SMH, atuam no tratamento de doenças estruturais em diversas instituições do país. Segundo Luiz Kohn, essa área da cardiologia vem se desenvolvendo e crescendo há cerca de 10 anos, o que para a medicina é algo relativamente recente.

“Trazemos essa expertise para o Hospital SMH, que já trabalha com o que há de mais avançado em tecnologia. O equipamento que usamos possui ultrasson coronário integrado, que permite uma avaliação tridimensional. Recentemente, atendi a um paciente com indicação para TAVI. No caso dele, era como se a válvula estivesse ‘travada’, com dificuldade de abrir e permitir a passagem do sangue. Colocamos a prótese e dentro de quatro dias ele recebeu alta”, relatou Luiz Kohn.

O cardiologista Dr. Luiz Kohn é um dos responsáveis pela parte cardiológica do setor de hemodinâmica do Hospital SMH

Na medicina intervencionista, o acesso para os diagnósticos e tratamentos de doenças cardíacas é endovascular. O cateter passa por dentro dos vasos sanguíneos para chegar ao coração, o que caracteriza o procedimento minimamente invasivo. Os cortes cirúrgicos convencionais não são necessários, o que reduz os riscos de complicações e o tempo de internação, acelerando o processo de recuperação.

“Agora, estamos atentos aos avanços feitos para o desenvolvimento de uma prótese específica para a válvula mitral, que está em desenvolvimento. Estamos na vanguarda para oferecer o melhor da medicina. O paciente não precisa sair da cidade e ir até os grandes centros para encontrar tratamento. Hoje o caminho é inverso: somos buscados por pessoas e instituições de fora”, explica Luiz Kohn, se referindo ao processo decorrente da excelência da cardiologia do Hospital SMH, que já realizou aproximadamente 4,5 mil procedimentos desde a inauguração, em 2012.

A medicina intervencionista atende a diversas especialidades dentro do Hospital SMH – Beneficência Portuguesa. Entre elas estão a neurologia (que engloba a neurorradiologia), a angiologia (sistema vascular) e a ortopedia (intervenções na coluna, por exemplo). A estrutura do setor de hemodinâmica permite aos especialistas fazerem qualquer tipo de diagnóstico ou intervenção por acesso percutâneo (por pequenos orifícios na pele) ou endovascular (através de veias e artérias), chegando a todos os órgãos e sistemas do corpo humano.

Os procedimentos são indicados após a avaliação clínica, que leva em conta os sintomas, como dor no peito, falta de ar, cansaço e até síncope (desmaios). As consultas com os cardiologistas do ambulatório do Hospital SMH podem ser marcadas pelo WhatsApp (24) 98839-8918. A unidade fica na Avenida Portugal 236, no bairro Valparaíso.


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Prevenção Aneurisma

Campanha de prevenção ao aneurisma é aberta nesta quarta-feira em Petrópolis
Objetivo é promover uma nova cultura entre a classe médica, incentivando a realização de exame preventivo.

A 1ª Semana de Prevenção ao Aneurisma de Aorta foi aberta nesta quarta-feira, dia 11, em Petrópolis, com seminário direcionado a médicos. A iniciativa partiu de cirurgiões vasculares com o objetivo de criar uma cultura de prevenção entre a classe médica. Os responsáveis pelo setor de cirurgia vascular do Hospital SMH – Beneficência Portuguesa vão promover ações em hospitais e clínicas da cidade.

O aneurisma de aorta (maior vaso do corpo) é uma doença silenciosa que possui alta taxa de mortalidade quando não tratado corretamente. O problema é ocasionado pela dilatação da artéria, que pode se romper. Segundo o cirurgião vascular Tiago Coutas, chefe do setor de cirurgia vascular do Hospital SMH com os também especialistas Marcos Vinicius Telles Ventura e Pedro Judice Martins, explica que é possível prevenir.

“A doença pode levar à morte, e a prevenção e detecção são feitas através do ultrasson abdominal. Ele deve ser solicitado pelo médico em casos específicos. Assim como ocorre com o câncer de mama, queremos criar uma cultura da prevenção para esta doença que mata cerca de 50% dos pacientes que apresentam ruptura do aneurisma”, explica Tiago Coutas.

A campanha busca incentivar os médicos a solicitarem o exame quando o paciente fizer parte do grupo de risco, que inclui pessoas com histórico familiar da doença, tabagistas (e ex fumantes), hipertensos e homens com idade acima de 65 anos.

Dentre as ações que fazem parte da 1ª Semana de Prevenção ao Aneurisma de Aorta estão a agilidade na realização do ultrasson abdominal por meio de parcerias em unidades de saúde e a distribuição de material informativo.

“A partir do momento que ele tem conhecimento da doença e das formas de prevenção, o próprio paciente pode procurar um especialista, especialmente se fizer parte do grupo de risco, e solicitar a realização do exame”, pontua o cirurgião vascular.


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Coração na menopausa

coração menopausa 2Coração das mulheres fica mais vulnerável após a menopausa

A população do sexo feminino ainda dá pouca atenção à necessidade de prevenção às doenças coronarianas, acreditando que este é um problema dos homens. No Instituto do Coração de Petrópolis, Incope, do Hospital SMH – Beneficência Portuguesa, a diferença entre o número de atendimentos realizados em ambos os sexos é cada vez menor, levando os médicos a alertarem sobre os riscos.

“As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte entre as mulheres”, destacam os cardiologistas Bruno Vogas e Juarez Von Seehausen, responsáveis pelo setor de cardiologia clínica do Hospital SMH. Segundo os médicos, a hipertensão arterial descontrolada e a obesidade são alguns dos principais fatores que contribuem para o aumento dos casos de doença arterial coronariana entre as mulheres.

Segundo estatísticas do setor de hemodinâmica do Hospital SMH, que realiza procedimentos por acesso endovascular, como cateterismos, angioplastias e arteriografias, as pacientes do sexo feminino corresponderam a 40% dos atendimentos realizados em 2013. Das internações na UTI coronariana no ano passado, 41% foram de pacientes mulheres, enquanto de janeiro a abril de 2014 elas já representam 54% da ocupação dos leitos.

O cardiologista explica que os problemas de coração tendem a surgir mais tardiamente nas mulheres devido a ação dos hormônios, o que não significa que elas estejam protegidas. “O ‘atraso’ pode ser atribuído a ação protetora do estrogênio, que retardaria o processo de aterosclerose na mulher em idade reprodutiva. Entretanto, este processo teria uma evolução mais rápida após a menopausa”, aponta Bruno Vogas, ressaltando que o risco de morte é maior nas mulheres, segundo os dados do Registro Nacional do Infarto do Miocárdio, realizado nos Estados Unidos.

A cintilografia de perfusão miocárdica e o ecocardiograma de estresse estão entre as melhores opções para a investigação da doença arterial coronariana na mulher. Os exames ajudaram a identificar e a tratar o problema na aposentada Tânia Maria Von Seehausen, de 57 anos. “Fiz a cintilografia no setor de medicina nuclear do SMH e o meu problema foi identificado. A rapidez no diagnóstico salvou a minha vida”, conta Tânia, que colocou um marca-passo (dispositivo que corrige os batimentos do coração) e hoje tem muito mais qualidade de vida.

Dr. Bruno Vogas e dr. Juarez Von Seehausen

Os sintomas e os tipos de doença do coração que surgem com mais frequência também variam entre os sexos. Juarez Von Seehausen afirma que, embora a grande maioria das pessoas com infarto do miocárdio apresente dor no peito, a ausência desse sinal é mais comum nas mulheres do que nos homens. “Dor nos braços, falta de ar, náuseas e vômitos, além de fadiga e indigestão podem ser a manifestação de um infarto em uma mulher”, esclarece o cardiologista.

Os especialistas ainda salientam que a doença arterial coronariana aguda costuma se manifestar mais sob a forma de infarto do miocárdio nos homens, enquanto nas mulheres a apresentação mais comum é a da angina do peito (isquemia). A cardiomiopatia Takotsubo, conhecida como “síndrome do coração partido”, afeta tipicamente as mulheres que já entraram na menopausa e os sintomas costumam aparecer após uma situação de estresse. “Estima-se que 67% das mortes súbitas de origem coronariana ocorrem em mulheres que não apresentaram qualquer manifestação prévia da doença”, destaca Bruno Vogas, com base em estudos americanos.

As opções de tratamento variam conforme o caso e incluem o uso contínuo de medicamentos, a realização de procedimentos como a angioplastia e a cirurgia de ponte de safena. As doenças cardiovasculares são responsáveis por 34% dos óbitos no Brasil, sendo que 1/3 desse total corresponde a doenças coronarianas. O dado é da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).