Hospital de Petrópolis inaugura novo centro cirúrgico e gineco obstétrico, e ambulatório especializado em endometriose

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Hospital de Petrópolis inaugura novo centro cirúrgico e gineco obstétrico, e ambulatório especializado em endometriose

Setor fica dentro de ala que oferece carinho especial com as mulheres.

Personalidades, profissionais e colaboradores da área médica prestigiaram a inauguração de dois novos setores do Hospital SMH – Beneficência Portuguesa de Petrópolis nesta quarta-feira (4): o novo centro cirúrgico e gineco obstétrico, e o ambulatório especializado em endometriose.

O diferencial do novo centro cirúrgico é que o espaço será exclusivo para intervenções em casos que não envolvem infecções, reduzindo significativamente as chances de contaminação do ambiente.

O setor atenderá ginecologia, obstetrícia e cirurgias plásticas, entre outras especialidades, em ala para as pacientes do sexo feminino. O ambiente foi pensado com carinho especial para as mulheres e inaugurado no mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher.

“Essa novidade representa a conclusão de uma importante etapa da missão do Hospital SMH, no que diz respeito a oferecer infraestrutura e serviços de qualidade para o população de Petrópolis e regiões adjacentes. Com isso, estamos dobrando o número de salas cirúrgicas para atender com ainda mais agilidade a demanda dos cirurgiões e dos pacientes”, pontua o diretor executivo operacional, Fernando Baena.

O outro investimento feito pelo Hospital SMH é uma importante ferramenta no tratamento da endometriose, uma preocupação de saúde pública, como explica o ginecologista responsável pelo setor, Diler Pereira.

“Cada mulher com endometriose leva de nove a dez anos para conseguir fazer o diagnóstico e começar o tratamento”, revela o médico, acrescentando que isso acontece, muitas vezes, por falta de conhecimento da doença pelo profissional e pela ausência de meios para pesquisa e diagnóstico dessa patologia, como exames mais elaborados.

A endometriose é uma doença inflamatória que ataca o tecido do útero, os ovários, a bexiga e até o intestino. Os sintomas da doença podem surgir na adolescência, como cólica menstrual forte, dores durante a relação sexual, entre as menstruações e ao fazer as necessidades básicas, além de sangramento na urina ou nas fezes e infertilidade.

O núcleo de endometriose do Hospital SMH vai oferecer o tratamento com dois profissionais especialistas na doença e uma equipe multidisciplinar para fazer as cirurgias quando necessárias.
De acordo com Diler, a única forma de cura da endometriose é o tratamento cirúrgico.

“O tratamento clínico é paliativo e serve só para controle da doença”, esclarece ele. “O tratamento da endometriose pode ser clínico, cirúrgico e misto (cirúrgico e clínico). Tudo vai depender do desejo gestacional dessa mulher, da sua pretensão no planejamento familiar”, esclarece o especialista.


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Hospital SMH vai reabrir setor de maternidade em setembro

Espaço com infraestrutura de última geração foi apresentado a obstetras na quinta-feira

Maternidade Hospital SMH ala2O Hospital SMH – Beneficência Portuguesa reabre, a partir de setembro, o setor de maternidade. Com 11 leitos e equipamentos de última geração compondo o berçário e as incubadoras, a unidade vai oferecer excelência no serviço com o objetivo de se tornar referência na região.

Nesta quinta-feira (18) os médicos obstetras de Petrópolis puderam conhecer o espaço e receberam informações sobre os investimentos em infraestrutura feitos no local. 

“Sabemos que a população, tanto da cidade, quanto de toda a Região Serrana e Metropolitana do Rio, confia em nós e isso aumenta a nossa responsabilidade e vontade de crescer. É o tratamento humano que nos motiva, e voltar com um setor tão importante, que lida exatamente com a vida, é ainda mais especial”, afirma o diretor do Hospital SMH, Valter José Sillero, sobre a reabertura da maternidade, que teve os atendimento interrompidos há cerca de dois anos.

Cremerj parabeniza investimento em meio à crise na saúde

Para o coordenador da seccional do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) em Petrópolis, o médico Jorge Gabrich, a iniciativa do hospital em um momento de crise é louvável. “O que vemos hoje é a redução de leitos e uma enorme dificuldade de se investir na área da saúde. O Hospital SMH está tendo uma atitude corajosa e importante. Quem ganha é a população, que terá assistência de qualidade”, pontua o coordenador do Cremerj.

Com a novidade, o Hospital SMH – Benefcência Portuguesa se coloca como uma unidade de saúde que oferece 100% de resolutividade e estrutura completa em todos os setores. A maternidade vai atender aos mais de 50 planos de saúde aos quais o hospital já é conveniado, além de ter pacotes particulares especiais. Mais informações pelo telefone (24) 2237-6262 ou na Av. Portugal, 236, no bairro Valparaíso.


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Prevenção Aneurisma

Campanha de prevenção ao aneurisma é aberta nesta quarta-feira em Petrópolis
Objetivo é promover uma nova cultura entre a classe médica, incentivando a realização de exame preventivo.

A 1ª Semana de Prevenção ao Aneurisma de Aorta foi aberta nesta quarta-feira, dia 11, em Petrópolis, com seminário direcionado a médicos. A iniciativa partiu de cirurgiões vasculares com o objetivo de criar uma cultura de prevenção entre a classe médica. Os responsáveis pelo setor de cirurgia vascular do Hospital SMH – Beneficência Portuguesa vão promover ações em hospitais e clínicas da cidade.

O aneurisma de aorta (maior vaso do corpo) é uma doença silenciosa que possui alta taxa de mortalidade quando não tratado corretamente. O problema é ocasionado pela dilatação da artéria, que pode se romper. Segundo o cirurgião vascular Tiago Coutas, chefe do setor de cirurgia vascular do Hospital SMH com os também especialistas Marcos Vinicius Telles Ventura e Pedro Judice Martins, explica que é possível prevenir.

“A doença pode levar à morte, e a prevenção e detecção são feitas através do ultrasson abdominal. Ele deve ser solicitado pelo médico em casos específicos. Assim como ocorre com o câncer de mama, queremos criar uma cultura da prevenção para esta doença que mata cerca de 50% dos pacientes que apresentam ruptura do aneurisma”, explica Tiago Coutas.

A campanha busca incentivar os médicos a solicitarem o exame quando o paciente fizer parte do grupo de risco, que inclui pessoas com histórico familiar da doença, tabagistas (e ex fumantes), hipertensos e homens com idade acima de 65 anos.

Dentre as ações que fazem parte da 1ª Semana de Prevenção ao Aneurisma de Aorta estão a agilidade na realização do ultrasson abdominal por meio de parcerias em unidades de saúde e a distribuição de material informativo.

“A partir do momento que ele tem conhecimento da doença e das formas de prevenção, o próprio paciente pode procurar um especialista, especialmente se fizer parte do grupo de risco, e solicitar a realização do exame”, pontua o cirurgião vascular.


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Coração na menopausa

coração menopausa 2Coração das mulheres fica mais vulnerável após a menopausa

A população do sexo feminino ainda dá pouca atenção à necessidade de prevenção às doenças coronarianas, acreditando que este é um problema dos homens. No Instituto do Coração de Petrópolis, Incope, do Hospital SMH – Beneficência Portuguesa, a diferença entre o número de atendimentos realizados em ambos os sexos é cada vez menor, levando os médicos a alertarem sobre os riscos.

“As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte entre as mulheres”, destacam os cardiologistas Bruno Vogas e Juarez Von Seehausen, responsáveis pelo setor de cardiologia clínica do Hospital SMH. Segundo os médicos, a hipertensão arterial descontrolada e a obesidade são alguns dos principais fatores que contribuem para o aumento dos casos de doença arterial coronariana entre as mulheres.

Segundo estatísticas do setor de hemodinâmica do Hospital SMH, que realiza procedimentos por acesso endovascular, como cateterismos, angioplastias e arteriografias, as pacientes do sexo feminino corresponderam a 40% dos atendimentos realizados em 2013. Das internações na UTI coronariana no ano passado, 41% foram de pacientes mulheres, enquanto de janeiro a abril de 2014 elas já representam 54% da ocupação dos leitos.

O cardiologista explica que os problemas de coração tendem a surgir mais tardiamente nas mulheres devido a ação dos hormônios, o que não significa que elas estejam protegidas. “O ‘atraso’ pode ser atribuído a ação protetora do estrogênio, que retardaria o processo de aterosclerose na mulher em idade reprodutiva. Entretanto, este processo teria uma evolução mais rápida após a menopausa”, aponta Bruno Vogas, ressaltando que o risco de morte é maior nas mulheres, segundo os dados do Registro Nacional do Infarto do Miocárdio, realizado nos Estados Unidos.

A cintilografia de perfusão miocárdica e o ecocardiograma de estresse estão entre as melhores opções para a investigação da doença arterial coronariana na mulher. Os exames ajudaram a identificar e a tratar o problema na aposentada Tânia Maria Von Seehausen, de 57 anos. “Fiz a cintilografia no setor de medicina nuclear do SMH e o meu problema foi identificado. A rapidez no diagnóstico salvou a minha vida”, conta Tânia, que colocou um marca-passo (dispositivo que corrige os batimentos do coração) e hoje tem muito mais qualidade de vida.

Dr. Bruno Vogas e dr. Juarez Von Seehausen

Os sintomas e os tipos de doença do coração que surgem com mais frequência também variam entre os sexos. Juarez Von Seehausen afirma que, embora a grande maioria das pessoas com infarto do miocárdio apresente dor no peito, a ausência desse sinal é mais comum nas mulheres do que nos homens. “Dor nos braços, falta de ar, náuseas e vômitos, além de fadiga e indigestão podem ser a manifestação de um infarto em uma mulher”, esclarece o cardiologista.

Os especialistas ainda salientam que a doença arterial coronariana aguda costuma se manifestar mais sob a forma de infarto do miocárdio nos homens, enquanto nas mulheres a apresentação mais comum é a da angina do peito (isquemia). A cardiomiopatia Takotsubo, conhecida como “síndrome do coração partido”, afeta tipicamente as mulheres que já entraram na menopausa e os sintomas costumam aparecer após uma situação de estresse. “Estima-se que 67% das mortes súbitas de origem coronariana ocorrem em mulheres que não apresentaram qualquer manifestação prévia da doença”, destaca Bruno Vogas, com base em estudos americanos.

As opções de tratamento variam conforme o caso e incluem o uso contínuo de medicamentos, a realização de procedimentos como a angioplastia e a cirurgia de ponte de safena. As doenças cardiovasculares são responsáveis por 34% dos óbitos no Brasil, sendo que 1/3 desse total corresponde a doenças coronarianas. O dado é da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).